Eva Khatchadourian, interpretada por Tilda Swinton (As crônicas de Nárnia, O Curioso Caso de Benjamin Button), é uma mulher que segue atormentada por lembranças confusas e dolorosas de um passado não tão distante. Casada com Franklin, feito por John C. Reilly (Chicago, Magnolia), teve seu primeiro filho, Kevin, o qual é ponto central dessas recordações. Desde bebê, mostrava aversão à mãe, chorava sempre em seus braços, calando-se ao ir pros braços do pai; por volta dos 3 anos se negava a brincar com a mãe, demonstrando total apatia às tentativas de Eva de agradá-lo; já maior, fazia tudo para deixá-la mal e transparecer o ódio que sentia a tudo que ela fazia. Tinha, de fato, talento para dissimulação, pois na frente do pai, era um garoto normal, carinhoso, atencioso, o que fez Franklin ser averso às vezes que Eva tentou dizer-lhe o que o menino fazia, como agia. Depois de um tempo, Eva engravidou novamente, de Celia, o que tornou a convivência entre mãe e filho ainda mais hostil.
A história se segue por flashbacks, mostrando o ambiente familiar e o crescimento de Kevin, voltando pro tempo presente, onde Eva tenta sobreviver diante de pessoas que a ridicularizam e a atacam por algo que ocorreu, uma tragédia, mostrada por lembranças confusas que a tornam uma mulher depressiva e decadente.
Esse é um dos meus grandes recalques do Oscar: sim, Precisamos falar sobre Kevin, ao meu ver, merecia muito estar entre os indicados. E mais ainda, Tilda Swinton merece mais do que um Oscar por tal atuação, com toda a dramaticidade da personagem, a densidade emocional e psicológica que ela teve que doar para construir essa mãe e mulher tão atormentada, mas que não desiste. Me é perturbadora a cena em que a mãe sorri, emocionada, em um momento único de ternura do filho com ela, e outra em que a diretora faz um jogo de imagens, mostrando a semelhando de um com o outro, trocando, em uma mesma ação, o filho pela mãe. É como uma dependência. Ambos dependiam dessa relação.
Podemos dizer que a obra é um drama envolvido por um grande suspense, com a questão final até meio previsível. É notável que a imprevisibilidade não é um dos grandes objetivos, o que importa é o teor psicológico, o quanto você se impressiona com o desenrolar dos fatos, o quanto você pára e se questiona o porquê de tudo. E o quanto previsível é o fim quando você resolve pensar sobre todo o crescimento da trama, cada passo do personagem principal, cada gesto, cada ação. E isso é envolvente e até um pouco torturante.
O filme é uma adaptação feita por Lynne Ramsey do romance homônimo de Lionel Shriver.
Sim, é uma história forte. Eu mesma me questionei se sou capaz de ser mãe, algo lindo, mas muitas vezes, tão atribulado. Kevin é interpretado Ezra Miller, adolescente; Jasper Newel, aos seis anos e Rocky Duer quando criança (por volta dos 3 anos). São, as três, atuações excelentes, que tornam o filme ainda mais impressionante.
Indicado ai BAFTA, Palma de Ouro, Globo de Ouro.
Oscar sempre me broxa pq eu não entendo nada de filme mas todos que eu acho bonitos eu quero que ganhe prêmios, rs
ResponderExcluirEstou doida para ver esse filme! Muito bonito esse cartaz, amei. De muito bom gosto!
ResponderExcluir♥
Camila Faria
eu li o livro que é explêndido. espero ver o filme, por mais perturbador que seja. =/
ResponderExcluirbeijossssss
Estou querendo ver o filme desde que ouvi falar dele. Promete!
ResponderExcluirhttp://nossa-caixa.blogspot.com/
Olá Larissa!!!
ResponderExcluirObrigada pela visita em meu blog!!! Estou curiosa para ver este filme... tem tantos filmes bons em cartaz que nem sei como vou fazer para assitir todos... adoro cinema.
Bia :)
Esta na fila para ser visto!
ResponderExcluirHistoria chocante...
Há tempos li algumas resenhas sobre o livro e me interessei, ainda não o li, mas pretendo um dia fazê-lo. Acho que um filme assim requer mesmo atuações perfeitas, qualquer falha resulta num filme tachado como "podre" pelo público, ainda mais numa história tão interessante como esta, quero muito ver o filme, muito mesmo. :))
ResponderExcluirSeu blog é ótimo (:
ResponderExcluirFiquei com muita vontade de ver esse filme!
Vou ver se consigo baixar haha
beijos
a Academia sempre deixa filmes dignos de fora, e deixando passar belas atuações.
ResponderExcluirJá li blogs falando do livro, mas ainda não o li. Me pergunto se suporto a carga emocional que possui, talvez eu veja o filme primeiro e depois leia o livro, será que isso interfere?
livros mexem mais com meu emocional do que filmes, mesmo a experiência sendo mais imersiva :x vá saber o por quê.
beijos
pelo fato do filme, ao meu ver, ser muito bem feito e com uma carga emocional intensa, não acho que interfira muito. Indico!
ExcluirEita pra Larinha! É o poder esse filme! Quarta vou alugar a Eri pra gente ver esse, Os Homens que não Amavam as Mulheres, e Star Wars
ResponderExcluirCURTI
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