30 novembro 2008

Meu mundo é o Barro


Moço, peço licença, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe, eu sou novo aqui
Eu tenho fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé
Não é noticiário de jornal, não é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono
Tentei ser crente, mas meu Cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz no meio daquela luz

E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play

Não me escoro em outro e nem cachaça
O que fiz tinha muita procedência
Eu me seguro em minha palavra
Em minha mão, em minha lavra


Essa é a nova música do Rappa, 'Meu mundo é o Barro'. Eles sim são uma banda de compromisso. Com um som de extrema qualidade, Falcão canta sua poesia social. Sim, o considero um poeta. Totalmente engajado com o social, letras dotadas de metáforas que transmitem de um forma brilhante simples fatos do cotidiano, da vida urbana, da periferia e dos problemas enfrentados pelo Brasil.

Mas não é apenas isso... Cara... o show deles é fora do sério. Assisti a três, todos em um mesmo festival, nos anos de 2006, 2007 e 2008. São várias bandas e, quando chega certa hora da madrugada, o cansaço domina. Mas, basta entrar o Falcão que qualquer indivíduo que esteja "morto" se levanta pra curtir O Rappa. Suas letras tocam na alma, seu rock (ou reggae/rock) de

inúmeras influências e sua grandiosidade em cima do palco contagiam. E eu, em bons shows, entro em uma espécie de transe... música tem poder sobre mim. Mais do que qualquer outra coisa...




aiiiii ¬¬ ... essa foi uma das poucas fotos que eu consegui tirar... estava tremendo no meio do povo me empurrando... mas o q vale é a intensão u.u\/



Flw .D

Um comentário :

  1. é horrivel tirar foto em show,elas nunca saem sem serem tremidas.. :SSSSSS

    ResponderExcluir